Por onde começar?
- bethsmorais
- 23 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de mar.

Ano novo, vida nova! Pessoalmente, eu não gosto muito dessa expressão. Mudar de calendário não me parece suficiente para que algo aconteça. Porém, se o início de ano inspira mudança, então, por onde começar? Nem sempre é por dentro. Às vezes, chegamos a lugares íntimos em nós, a partir da arrumação “de fora”.
Eu começo abrindo os armários. Enquanto limpo, observo tudo que tenho guardado. Nesse momento surpresas acontecem. Surgem os “porquês”. A cada peça de roupa, sapato, livro e utensílio que pego, me pergunto sobre o seu real valor. Valor funcional e afetivo. “Por que eu guardo tudo que tenho?”. Ao me fazer essa pergunta, reconheço que aquilo que nos cerca e mantemos fala muito sobre quem somos, e como estamos. Outros questionamentos aparecem na minha cabeça que insiste em ser detalhista e curiosa. “O que mudou em mim para que eu não sinta mais a necessidade de manter?”. “E o que eu preciso guardar?”. “O que está difícil deixar ir?”.
Essa arrumação externa, aparentemente, de ordem prática, pode ser reveladora. Em mim percebo o quanto as roupas, sapatos e acessórios que perderam o sentido e não me adornam mais, dizem sobre o quanto mudei. Esse é um simples detalhe, mas que pode expandir a nossa consciência e coração para a necessidade de atualização e renovação.
Enquanto nos despedimos daquilo que não traduz mais quem somos e o que queremos, abrimos espaço para a mudança que precisa chegar. Ah, mas nem tudo é sobre o que não faz mais sentido permanecer. Também devemos ficar atentos àquilo que fica e que resiste ao tempo. Aqui, no meu armário, a mochila sobrevive aos anos. Sim. Minha incansável e fiel amiga de quase todas as horas. Mas, “por que ela fica?”. Simples. Traz liberdade para os meus movimentos. Não preciso segurar, pois não escorrega pelos ombros. Não me limita. Adoro. Diz muito sobre mim. Portanto, segue comigo.
E assim, enquanto separamos o que é lixo, o que é doação, e o que vai permanecer, vamos sentindo como é fundamental aceitar o que deixou de fazer sentido, entendendo os motivos e valorizar o que permaneceu. Então, no mês em que reforçamos a importância da conscientização sobre a saúde mental, reserve um horário, e dialogue com sua vida. Faça escolhas. Organize “suas gavetas internas”.
Se precisar, estou aqui. Podemos juntos construir lugares de cuidado e bem-estar emocional. Eu te convido a começar!
Abraço fraterno,
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