Ser ou não ser
- bethsmorais
- 14 de nov. de 2024
- 1 min de leitura

Quantos existem em nós?
Acredito que sofremos interferência de muita gente. Gente essa, que não determina quem nós somos, mas influencia na construção da nossa personalidade e na forma como nos colocamos diante da vida. Bem, acho que chegar aos 54 anos ajuda nessa multidão que me ocupa. Sinto que cada pessoa se acomodou em algum espaço e permanece lá. Ocasionalmente, revezam ao se manifestarem em mim. Para algumas eu jogo luz, para outras peço silêncio, mas para ambas me curvo em respeito por me trazerem até aqui. Compreender quem somos, sendo gentis com nossos matizes, leva- nos a uma vida mais real.
Porém, e quando ser quem somos nos incomoda e a autoaceitação não acontece? Criar personagens e viver na ilusão de arranjar um lugar possível de pertencimento costuma ser um jeito de escape. Talvez um tipo de fuga. Seria um distanciamento da própria existência para vestir um imaginário que forjamos para nos caber? Seria um mecanismo de sobrevivência? Talvez.
Às vezes, é o medo do espelho que nos mantém aprisionados em um padrão que não nos representa. Considero que nada exige mais coragem do que reconhecermos o valor da própria presença, do jeitinho que somos. A busca pelo autoconhecimento é um caminho para nos colocarmos no mundo de forma autêntica e possível. Esse entendimento abrirá oportunidades para novos aprendizados e relacionamentos coerentes com a nossa essência, renovando, em movimento orgânico, o sentido para nossa vida.
Então, não demore. Olhe-se. Seja.
Abraço fraterno.
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